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Para CEOs, estratégia de atração e retenção de talentos precisa mudar

A PwC realizou um levantamento global com mais de 1,3 mil CEOs, em 68 países, sobre os planos de contratação das empresas nos próximos 12 meses. Após um longo período de cortes e redução do quadro de funcionários, metade das organizações participantes quer ampliar o número de colaboradores.

 

Apesar do cenário positivo na oferta de empregos, os líderes se mostram mais preocupados do que nunca em relação à busca das pessoas certas para os cargos. Essa tarefa não será fácil na opinião de 63% dos entrevistados (acréscimo de 5% em relação a 2013). Eles se mostram conscientes do desafio que se apresenta e 93% admitem que é preciso mudar as estratégias para atração e retenção de talentos.

 

Apesar disso, a nova realidade do mercado de trabalho faz com que três em cada cinco CEOs não tenham iniciado esse processo e ainda estão na chamada “congelamento da ação”. A incerteza sobre o que deve ser feito é fruto do cenário econômico mundial.

 

Megatrends


O desenvolvimento tecnológico, o crescimento das populações urbanas e as mudanças demográficas decorrentes desses processos são algumas das tendências mais influentes na força de trabalho global. Além destes, mercados em crescimento têm sofrido com aumento do custo da mão de obra, uma vez que a disputa por trabalhadores capacitados invoca a lei da oferta e procura, elevando os salários.

Como alternativa, multinacionais têm recorrido a profissionais de outras regiões do globo, principalmente de mercados emergentes. Ainda assim, há uma sensação de que os potenciais funcionários estejam favorecendo empregadores locais ante concorrentes externos.

 

Mudança no processo de contratação


João Lins, líder de Capital Humano e sócio da PwC Brasil, acredita que as expectativas do mercado em relação às habilidades dos colaboradores estão se distanciando da realidade da força de trabalho disponível atualmente.

“Metade dos CEOs planeja contratar mais colaboradores nos próximos 12 meses, ou seja, haverá uma disputa intensa por talentos, ao mesmo tempo em que o cenário se reconfigura. Líderes de negócios estão procurando profissionais com um leque de habilidades muito mais amplo do que em qualquer outra época. Os ‘profissionais-camaleão’, aqueles que aplicam suas habilidades onde e quando for preciso, estão em alta”, pondera o especialista.

Para ele, empresas devem mudar a noção de que novas habilidades requerem novos colaboradores. “Serão bem-sucedidas aquelas organizações que combinarem o processo de seleção com a capacitação para maior adaptabilidade dos colaboradores”.


CEOs esperam mais dos governos


A pesquisa mostra que pouco mais da metade (52%) dos CEOs atribui culpa ao governo, em alguma escala, pela dificuldade de contratação e retenção dos talentos. Eles apontam o excesso de regulação como uma barreira e 41% alegam que a formação de trabalhadores capacitados deve ser uma das três maiores prioridades de governo.

Lins observa um ponto-chave: “CEOs estão culpando muito os governos, em vez de aceitar o fato de que devem repensar a maneira como entendem, enxergam e valorizam seus funcionários. Novos instrumentos em RH, como data analytics, podem ajudar empresas a antecipar as demandas de habilidade que o negócio virá a ter”.

 

 

Fonte:

http://www.abrhnacional.org.br/noticias/2280-para-ceos-estrategia-de-atracao-e-retencao-de-talentos-%20precisa-mudar.html

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